O Papa Francisco anunciou hoje no final da missa de encerramento da JMJ, no Parque Tejo, em Lisboa, que a capital da Coreia do Sul, Seul, será a próxima cidade a receber o maior evento da juventude católica em 2027.
Um anúncio que foi recebido com “profunda gratidão” e com “alegria e honra” conforme afirmou em conferência de imprensa Peter Cjang Soon Taek, da delegação da Coreia do Sul que marcou presença na Jornada Mundial da Juventude 2023, que terminou hoje e que teve a participação de cerca de 1,5 milhões de pessoas, segundo a Santa Sé.
“Os nossos corações estão cheios de alegria e honra, pois esperamos que os jovens de todo o mundo se reúnam em Seul e na Coreia do Sul em resposta ao apelo do Santo Padre”, disse o arcebispo, estendendo o seu “profundo apreço ao Comité Organizador da JMJ Lisboa 2023, por criar um evento que promove a fraternidade, a amizade e o dinamismo”.
Questionado na conferência de imprensa no centrio de imprensa, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, se a escolha de Seul foi uma “chapada de luva branca” do Papa Francisco por ser um país com poucos católicos, o arcebispo reconheceu que ”é um país que precisa de evangelização”.
“Temos 50 milhões de habitantes, mas apenas 10% são católicos. Ainda precisamos de evangelização é certo, mas eu acredito que a Jornada Mundial da Juventude 2027 é uma oportunidade para os católicos se amadurecerem na fé católica e (…) é também um boa oportunidade para a Coreia do Sul partilhar a sua cultura e a sua diversidade cultural com o mundo e, através da espiritualidade e da unidade da JMJ queremos partilhar a experiências que têm os filhos e as filhas de Deus”, declarou.
Na sua intervenção inicial, Peter Soon Taek sublinhou que, “como ficou patente nos encontros anteriores, a JMJ não é apenas um evento católico”.
“É uma celebração global e uma plataforma para encontros inter-religiosos. A JMJ transcende crenças e ideologias específicas, convidando todos os indivíduos de boa vontade para se juntarem e partilharem a comunhão. Por conseguinte, a JMJ é um evento que beneficia a todos, promovendo a fraternidade, a espiritualidade, a coesão social e a prosperidade económica”, salientou.
O arcebispo disse ainda que se comprometerem a manter “o espírito universal espírito universal da JMJ” das edições anteriores, apontando como principal objetivo “promover conexões significativas e inaugurar ganhos sociais e económicos substanciais e económicos para os jovens de todo o mundo”.
“Sendo a terceira JMJ a ter lugar na Ásia, depois das Filipinas [único país asiático com maioria católica] e da Austrália, a JMJ 2027 em Seul aspira a tornar-se um farol radiante de unidade, abraçando a rica cultura da Ásia Oriental”, vincou, reconhecendo “os imensos preparativos necessários para acolher a multidão de jovens de todos os cantos do mundo”.
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