Uma delegação do CDS-PP visitou hoje a sede do Comité Organizador Local da jornada, no Beato, em Lisboa, e teve um encontro com o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, bispo Américo Aguiar, que indicou que o CDS-PP foi o primeiro partido a deslocar-se àquele espaço.

Logo no arranque da visita, após o descerramento de uma placa que assinalou o momento, Nuno Melo disponibilizou o histórico edifício que pertence ao Patriarcado de Lisboa e é arrendado pelos centristas.

“A sede nacional do CDS é uma sede cuja propriedade é do Patriarcado, mas que é histórica do CDS e arrendada desde os tempos da fundação, na qual temos muito espaço disponível e uma capela e o quarto do Padre Cruz, que justifica tantas peregrinações durante todo o ano”, afirmou, em declarações à Lusa no final da visita.

O eurodeputado indicou que o partido pensou de que forma poderia “associar-se à jornada” para além da questão institucional, e “fez sentido colocar à disposição da jornada, na medida do possível, parte do espaço dessa sede para que a organização possa utilizá-la, se assim o entender”.

O presidente do CDS-PP indicou que, se a oferta for aceite, o “espaço poderá ser utilizado na medida das circunstâncias e das necessidades das jornadas”, cabendo à organização, “se assim o entender e de acordo com as características do espaço, ver de que forma é que esse espaço acaba por ser útil nestes próximos dias”.

“O espaço não tem que ser necessariamente para dormidas, muito embora também pudesse ser”, afirmou.

Após a visita, Nuno Melo destacou o “aspeto multinacional e multicultural de tantos jovens tão dedicados, empenhados, com bom espírito e alegres a darem o que podem de si para tratarem de uma organização de jornadas que são à escala mundial” e disse estar convicto de que “vão correr muito bem”.

O líder do CDS-PP defendeu que, sendo um “acontecimento de dimensão mundial, seria estranho que os partidos políticos não quisessem estar a par, visitar, conhecer, ouvir e até dizer de que forma podem ajudar, isso é que é suposto” e considerou “muito curioso que o CDS, que é um partido democrata cristão, tenha sido o primeiro partido político” a ir inteirar-se da organização da JMJ.

“São um acontecimento extraordinário que Portugal tem o imenso privilégio de este ano poder decorrer cá. Portanto, se os partidos políticos não se associam ao que demais importante acontece no país, então servem para pouco”, sustentou.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 1 e 6 de agosto em Lisboa, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.

A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A edição deste ano contará com a presença do Papa Francisco, que estará em Portugal entre 2 e 6 de agosto.

A JMJ de Lisboa esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.