Com um helicóptero e duas embarcações semirrígidas, o Navio da República Portuguesa (NRP) D. Francisco de Almeida vai navegar no rio Tejo consoante os pontos de agenda da JMJ com maior impacto e número de pessoas, tendo paragens previstas inclusive na área de Cascais.
No total, a tripulação será composta por cerca de 140 militares – além dos 120 da fragata, estarão também a bordo 14 do destacamento de helicópteros e dois mergulhadores -, que, segundo disse o comandante da fragata, Pereira da Silva, estão “muito motivados” com a missão.
“É um evento muito importante para a cidade de Lisboa e o facto de o navio poder contribuir é importante e acaba por motivar as pessoa”, referiu Pereira da Silva aos jornalistas na Base Naval do Alfeite, onde o NRP D. Francisco de Almeida se encontra ancorado.
O comandante explicou que, ao longo da JMJ, o navio irá sobretudo prestar apoio à Autoridade Marítima Nacional (AMN) em termos de “segurança na área molhada do Tejo”, em particular em situações “de homem ao mar” ou de “algum incidente” que exista e para o qual as capacidades da fragata possam ser úteis.
O comandante salientou que a fragata tem capacidades ao nível de sensores ou de sistemas de vigilância, mas poderá também dar apoio logístico à AMN, designadamente enquanto ponto de descanso ou de reabastecimento das embarcações que estarão a fazer patrulha no rio Tejo.
Enquanto comandante da fragata, Pereira da Silva disse nunca ter feito uma missão de acompanhamento de um evento da magnitude da JMJ, mas referiu que, quando era chefe de departamento de operações no NRP Bartolomeu Dias, colaborou na segurança do espaço aéreo durante a cimeira da NATO, em 2010, com o navio também fundeado no rio Tejo.
Com base nessa experiência, o comandante referiu que este tipo de missões tem “alguma complexidade a nível de comando e controlo”, que precisa de estar “devidamente afinado” e “integrado”.
Pereira da Silva salientou que o NRP D. Francisco de Almeida é um “navio muito flexível” podendo fazer “missões de alta intensidade, de combate”, mas também de busca e salvamento, de combate ao tráfico de droga ou de acompanhamento de navios da Federação Russa que estejam a passar por Portugal.
No caso concreto da JMJ, o comandante explicou que a tripulação não teve qualquer formação específica, mas, no último exercício que fez, teve uma ação de treino que lhe permitiu adquirir valências de atuação “se houver um incidente no mar, seja de busca e salvamento, seja com a segurança física das pessoas”.
“A equipa está treinada, mas o nosso apoio é mais um apoio à AMN e eles também essas equipas já devidamente treinadas para qualquer tipo de atuação”, indicou.
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