"Ele próprio é o exemplo de uma forma de ser e de pensar que, mesmo que estivéssemos em guerra e mesmo que não estivéssemos na situação social em que nos encontramos, convida à simplicidade", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.
Em declarações aos jornalistas no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, o chefe de Estado mostrou-se certo de que "há de chegar uma altura em que será explicado efetivamente como é que será o conjunto de despesas" com o encontro católico que Portugal irá acolher em agosto.
O Presidente da República, que falava a propósito da polémica sobre os cerca de cinco milhões de euros adjudicados para a construção de um altar-palco em Lisboa, referiu que "há um montante muito superior a esse que o Estado português reservou para as jornadas", de 36,5 milhões de euros.
As despesas também "correm pela Igreja Católica, numa parte", e "noutra parte pelas autarquias, Lisboa e Loures, pelo menos essas", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Interrogado se a Igreja Católica Portuguesa já devia ter prestado esclarecimentos sobre esta matéria, o chefe de Estado remeteu essa responsabilidade para todos os envolvidos na organização da Jornada Mundial da Juventude: autarquias, Estado e Igreja Católica.
"Eu acho que os três, em tempo oportuno, darão certamente esclarecimentos", disse.
Segundo o chefe de Estado, "o que os portugueses esperam é que nos pormenores corresponda àquilo que é o pensamento do Papa", que se caracteriza "por defender uma visão simples, pobre, não triunfalista".
Há que "respeitar o período em que nos encontramos e respeitar a própria maneira de ser do Papa, quer dizer, é um Papa que é contrário àquilo que seja espaventoso", reforçou, manifestando a convicção de que "há de ser encontrada uma solução que seja simples, à medida daquilo que é o pensamento do Papa".
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