Após o seu encontro com Jens Stoltenberg, naquela que foi a sua ‘estreia’ enquanto ministro da Defesa na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte e também em Bruxelas, João Gomes Cravinho revelou que transmitiu ao secretário-geral da NATO que a mudança de responsável pela tutela não afeta “minimamente” a “continuidade plena” em termos daquilo que é “o raciocínio geoestratégico” de Portugal.

“Foi um excelente primeiro encontro, foi uma oportunidade para passar em revista os principais desafios com que se confronta a NATO, as posições de Portugal em relação aos diferentes assuntos. Falámos das missões em que Portugal participa, falámos do processo de transformação em curso da NATO, das relações com a União Europeia (UE), porque a UE está a desenvolver uma componente de segurança e Defesa muito significativa e é importante que a complementaridade seja plena, que não haja duplicação de esforços ou capacidades”, resumiu.

João Gomes Cravinho insistiu na ideia, defendida pelo seu antecessor, José Azeredo Lopes, de que Portugal, pela sua posição atlântica, pode ser “um aliado muito importante”, e desempenhar um papel relevante no relacionamento da NATO com os países do Sul.

“O Atlântico é uma parte central do ambiente estratégico em que Portugal está inserido, por isso falámos também do Atlântico, que tem sido, talvez, ao longo dos últimos anos uma dimensão menor daquilo que é a realidade da NATO. Mas acreditamos que essa dimensão transatlântica e marítima será cada vez mais importante”, reforçou.

No diálogo com o secretário-geral da NATO, o responsável pela pasta da Defesa abordou ainda a possibilidade da criação de um exército europeu, realçando que quando Portugal aderiu à Cooperação Estruturada Permanente da União Europeia o fez com o pressuposto de não estar perante “qualquer tipo de embrião de um exército europeu”.

“Expliquei que essa era a nossa postura e não haveria nenhuma mudança em relação a isso”, completou.

De fora da conversa entre o ministro da Defesa e Jens Stoltenberg ficou o caso Tancos, que motivou a demissão de Azeredo Lopes em 12 de outubro. “Não houve nenhuma referência a esse assunto. Esse é um assunto ultrapassado no que toca ao nosso relacionamento com a NATO e com os nossos aliados”, afiançou.

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