"Este Prémio que acaba de lhe ser atribuído é uma demonstração clara de que sempre vale a pena colocar acima de qualquer diferença os anseios dos povos à paz e, em função disso, primar-se pelo diálogo e pela solução pacífica dos diferendos, seja qual for a sua natureza e complexidade", afirma o presidente angolano, João Lourenço, numa mensagem escrita dirigida ao primeiro-ministro da Etiópia e vencedor do Prémio Nobel da Paz deste ano, Abiy Ahmed.
No mesmo documento, João Lourenço diz que recebeu a notícia da atribuição do Nobel da Paz a Abiy Ahmed "com grande satisfação" e acrescenta: "O Prémio Nobel a si atribuído é um exemplo inspirador a ser seguido por líderes e figuras políticas africanas, que deverão tomar como referência este exemplo, para a solução dos conflitos que ainda perduram no nosso continente".
João Lourenço felicita o primeiro-ministro etíope, "em nome do povo e do executivo angolano" bem como de si próprio.
Na mensagem, o presidente de Angola refere que recebeu a notícia "com grande satisfação, por se tratar do reconhecimento de todos os esforços" que Abiy Ahmed "empreendeu corajosamente para pôr fim a um conflito que durante anos afetou os interesses do progresso e desenvolvimento do povo etíope e do povo eritreu".
O prémio Nobel da Paz foi atribuído na sexta-feira ao primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed Ali.
De acordo com o comunicado divulgado pelo júri, o prémio foi atribuído ao primeiro-ministro da Etiópia pelo "seu importante trabalho para promover a reconciliação, a solidariedade e a justiça social".
O prémio também visa reconhecer "todas as partes interessadas que trabalham pela paz e reconciliação na Etiópia e nas regiões leste e nordeste da África”, sublinhou a nota.
“Abiy Ahmed Ali iniciou importantes reformas que proporcionam a muitos cidadãos a esperança de uma vida melhor e de um futuro melhor", refere o comunicado.
O Comité Nobel norueguês acredita que é agora que os esforços de Abiy Ahmed merecem reconhecimento e precisam de incentivo.
No ano passado, o prémio foi atribuído ao médico Denis Mukwege, da República Democrática do Congo e à ativista de direitos humanos Nadia Murad devido aos esforços dos dois laureados para acabar com a violência sexual como arma nos conflitos e guerras de todo o mundo.
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