Com data de 20 de dezembro, a decisão final coloca João Ribas com uma pontuação final de 96,95%, 11 pontos acima dos segundos classificados, João Laia e Pedro Barateiro.

O projeto de João Ribas apresenta a artista plástica portuguesa Leonor Antunes, que vive e trabalha entre Berlim e Lisboa, para representar Portugal na próxima Bienal de Arte de Veneza.

Os outros curadores que "manifestaram disponibilidade para aceitar o convite" a este concurso eram, segundo a DGArtes, Emília Tavares, Filipa Oliveira, João Laia, João Silvério, Leonor Nazaré, Marta Mestre, Sara Antónia Matos e Nuno Faria, que recorreu da exclusão inicial e acabou por ficar em penúltimo lugar na classificação.

O júri foi constituído por Nuno Moura (DGArtes), Cristina Góis Amorim (AICEP), Catarina Rosendo (historiadora de arte), Jürgen Bock e Sérgio Mah, curadores responsáveis por participações portuguesas em edições anteriores da Bienal de Veneza.

Esta é a primeira vez que o representante português na Bienal de Arte de Veneza é escolhido por concurso, o que já aconteceu na escolha da participação nacional da Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano.

Em 2017, Portugal foi representado na Bienal de Arte de Veneza pelo escultor José Pedro Croft, por proposta do curador e comissário João Pinharanda.

A 58.ª Exposição Internacional de Arte vai decorrer entre 11 de maio e 24 de novembro de 2019 em Veneza, com curadoria do britânico Ralph Rugoff, director da Hayward Gallery, em Londres, e terá como tema “Tempos Interessantes”.

Depois de ter sido escolhido em janeiro deste ano, por concurso internacional, para diretor artístico do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, João Ribas apresentou demissão em setembro, acusando a instituição de "violação continuada” da sua “autonomia técnica e artística”, no caso polémico da exposição de obras do artista Robert Mapplethorp, acusações que a administração depois refutou.

Ribas demitiu-se depois da inauguração de “Robert Mapplethorpe: Pictures”, que comissariou, e que foi reduzida de 179 para 159 obras, fruto de “interferências e restrições” da administração, de acordo com o curador.

Por seu turno, a presidente do conselho de administração da Fundação Serralves, Ana Pinho, assegurou que foi o diretor demissionário quem retirou 20 obras da exposição Mapplethorpe.

Fotografias de nus, flores, retratos de artistas como Patti Smith ou Iggy Pop, e imagens de cariz sexual encontram-se nesta primeira exposição em Portugal do fotógrafo norte-americano Robert Mapplethorpe, que incluía ainda uma sala reservada a maiores de 18 anos com obras consideradas mais sensíveis.

(Notícia atualizada às 11:45)