“Fizeram contra ele uma campanha absolutamente miserável, mas a verdade dos factos é que quem salvou a TAP de um colapso total foi o Pedro Nuno Santos com as decisões que tomou”, afirmou João Soares durante um comício em Portalegre, que encerrou o quarto dia oficial de campanha do PS.

O antigo ministro socialista e ex-presidente da Câmara de Lisboa disse ainda que “um dia o país vai recuperar o que lá pôs, e muito bem, para salvar a TAP, privatizando uma parte que não seja decisiva da própria TAP”.

“E isto são dados que são absolutamente decisivos e que têm que ser tidos em conta”, afirmou, falando ainda em ‘fala-baratos’ que “têm sido exímios na propaganda, mas à volta de falsas promessas que não se concretizam”.

Em Portalegre, onde o ministro da Coesão Territorial, Castro Almeida, é também cabeça de lista pela AD — Coligação PSD/CDS-PP às legislativas de maio, João Soares falou sobre o dia do apagão e as declarações do governante sobre os motoristas que levaram combustível para os geradores da maternidade Alfredo da Costa, considerando que, neste caso, o Governo chegou a um “ponto absolutamente inacreditável”.

“Se isto se não fosse para chorar, dava para rir, irem buscar gasolina, provavelmente com um tubinho, aos depósitos de automóveis, para abastecer os geradores da maternidade Alfredo da Costa. E o primeiro-ministro teve o descaramento de ir dar uma conferência de imprensa ao fim dessa tarde ou nessa noite, em frente à maternidade Alfredo da Costa, como se tivessem feito alguma coisa que merecesse consideração e respeito num contexto deste”, afirmou

Para João Soares, “em circunstância nenhuma” se pode “entregar a responsabilidade do Governo a gente que tem dado tão más provas”.

“O nosso secretário-geral, aquele que nós esperamos que seja, a justíssimo título, o próximo primeiro-ministro de Portugal, tem dado provas da sua capacidade. Tem sido sujeito sistematicamente a um bullying mediático que passa pela cumplicidade de alguns dos órgãos de comunicação social, que tenta permanentemente denegri-lo”, frisou.

João Soares elogiou ainda Pedro Nuno Santos, destacando as suas “capacidades de diálogo e de articulação”, designadamente na secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares, que considerou ser “uma pasta decisiva” no governo socialista no tempo da ‘geringonça’.