A empresa farmacêutica e de produtos de higiene pessoal enfrentou nos últimos anos milhares de ações que acusam o talco de conter amianto e causar cancro, e neste contexto foi condenada em várias ocasiões.

A Johnson & Johnson, no entanto, sempre informou que seu talco para bebés não contém amianto, nem é cancerígeno, e defende "vigorosamente" o produto e sua segurança, mesmo ao retirá-lo do mercado.

Nesta terça, a empresa voltou a mencionar que ganhou todos os julgamentos após o recurso.

No entanto, "no âmbito da revisão do portfólio de produtos realizada em março, depois do aparecimento da covid-19, a divisão da Johnson & Johnson dedicada aos produtos de saúde de grande consumo deixou de entregar centenas de produtos nos Estados Unidos e no Canadá para priorizar produtos que são fortemente procurados e para permitir o distanciamento social nas fábricas e centros de distribuição", explicou o grupo num comunicado citado pela agência France-Presse.

"A procura de pó para bebés Johnson & Johnson à base de talco na América do Norte já tinha diminuído em grande parte devido às mudanças nos hábitos dos consumidores", destacou o grupo.

A redução das vendas de talco "acelerou-se pela desinformação sobre a segurança do produto e por uma explosão constante de publicidade que incitava a apresentar processos" contra o mesmo, acrescentou.