O anúncio foi feito nas redes sociais, tendo por base um vídeo com uma cronologia das várias Jornadas que aconteceram até agora e algumas palavras iniciais do Papa Francisco: "Amigos, pergunto-vos: estais dispostos a dizer 'sim'?".
De seguida, a organização destacou imagens de edições anteriores, contextualizando a JMJ como "um encontro de jovens de todo o mundo com o Papa", com "momentos de partilha e de fé".
Em comunicado, D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa, deixou também algumas palavras sobre este anúncio.
"É com muita alegria que revelamos que a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 se realizará de 1 a 6 de agosto de 2023. O anúncio da data da JMJ, neste dia de São Francisco de Assis [4 de outubro], é um momento muito importante para todos", referiu.
"Há muito que os jovens de todo o mundo desejavam conhecer a data da JMJ Lisboa 2023 para preparar com maior detalhe a vinda a Lisboa. Esperamos que os 22 meses que nos conduzirão à JMJ sejam um tempo de evangelização para todos", completou.
O anúncio da escolha de Lisboa para receber a Jornada foi feito em 27 de janeiro de 2019, na Cidade do Panamá. Inicialmente prevista para agosto de 2022, a pandemia de covid-19 determinou o adiamento da JMJ um ano.
Portugal será o segundo país lusófono, depois do Brasil, a acolher uma Jornada Mundial da Juventude, criada em 1985 pelo papa João Paulo II (1920-2005).
A 25 de setembro, reunido no Seminário de Penafirme, em Torres Vedras, com o comité organizador diocesano (COD) e com os responsáveis pelos comités organizadores vicariais (COV) e paroquiais (COP) da diocese de Lisboa, D. Manuel Clemente, realçou que "só faltam 22 meses" para a Jornada Mundial da Juventude, mas que, "com tanta coisa a fazer, 22 meses são 22 dias", ou seja, já "depois de amanhã".
"Vamos conseguir e vai ser uma coisa muito bonita, até pela circunstância de ser — assim acreditamos, assim esperamos e fazemos por isso — a primeira Jornada a seguir à pandemia", afirmou na homilia da celebração a que presidiu, lembrando que esse momento "significa, para muita juventude mundial, um momento de respiração, de ganhar força e coragem para andar para a frente, também com as lições que esta pandemia trouxe".
Dirigindo-se aos jovens presentes, o Cardeal Patriarca de Lisboa frisou também a novidade do evento para o país. "Vocês já perceberam, certamente, que vos é dado a viver algo absolutamente inédito, com esta dimensão. Nós nunca fizemos em Portugal nada assim. Nada, nada! Mesmo do ponto de vista civil, nem quando organizámos o Campeonato da Europa de Futebol [Euro 2004]. Isto ultrapassa tudo aquilo que alguma vez se fez cá no sítio", acentuou.
A Jornada Mundial da Juventude acontecerá no Parque Tejo, na margem norte do rio, junto ao Mar da Palha, que D. Manuel Clemente apontou como "possivelmente o único [sítio], depois de tudo bem visto e revisto, onde se podia fazer uma coisa destas", considerando que ao longo de uma semana podem vir a estar reunidos "um milhão ou mais de jovens, vindos de todo o lado".
A JMJ é o maior evento organizado pela Igreja Católica. Segundo a organização, "é, simultaneamente, uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil. Apresenta-se como um convite a uma geração determinada em construir um mundo mais justo e solidário. Com uma identidade claramente católica, é aberta a todos, quer estejam mais próximos ou mais distantes da Igreja", lê-se no site.
O logo da JMJ 2023, inspirado no tema ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, proposto pelo Papa, tem como elementos centrais a Cruz, atravessada por um caminho onde surge o Espírito Santo, e a figura da Virgem, acompanhada pela referência à oração do Rosário.
De recordar que ao longo do mês de novembro, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude — a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani — vão passar pelas 21 Dioceses de Portugal. De país para país, os símbolos saem em peregrinação "para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens" até à JMJ.
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