O seu antecessor, Papa Francisco, teve problemas, em alguns momentos, nas relações com a Cúria e com funcionários do Vaticano, os quais acusou, no início do seu pontificado, de terem "Alzheimer espiritual" e estarem sedentos de poder.

O novo pontífice americano-peruano afirmou, neste sábado, que a sua primeira reunião com o corpo governamental era uma oportunidade para agradecer pelo seu trabalho.

"Os papas passam, a Cúria permanece", disse Leão XIV aos funcionários do governo da Igreja, aos trabalhadores e aos seus familiares, na grande sala Paulo VI do Vaticano.

Repetiu as suas primeiras palavras na basílica de São Pedro quando se tornou Papa, a 8 de maio, e pediu uma "Igreja que constrói pontes, sempre aberta a acolher [...] de braços abertos todos, todos os que precisam da nossa caridade, presença, diálogo e amor".

"Se todos devemos cooperar na grande causa da unidade e do amor, tentemos fazê-lo, antes de tudo, com o nosso comportamento em situações quotidiano, começando também pelo local de trabalho", disse o Papa.

"Todos podem ser construtores da unidade com as suas atitudes em relação aos colegas, superando os inevitáveis mal-entendidos com paciência e humildade, colocando-se no lugar do outro, evitando os preconceitos e, também, com uma boa dose de humor, como nos ensinou o papa Francisco", completou.