No seu editorial da edição de hoje, o Washington Post considera que, aos 77 anos, Joe Biden está “excecionalmente bem qualificado, pelo seu temperamento e pela sua experiência, para enfrentar os desafios colossais” dos próximos quatro anos.
Em 2016, o jornal que é propriedade do fundador da empresa Amazon, Jeff Bezos, declarou o seu apoio à candidata democrata Hillary Clinton, contra Donald Trump.
No final do seu primeiro mandato, o bilionário republicano procura um novo mandato na encruzilhada de várias crises históricas: a pandemia de Covid-19, que já custou mais de 200 mil vidas nos Estados Unidos e atingiu duramente a economia, além de um profundo movimento de protesto e indignação contra o racismo e a violência policial.
O Washington Post considera que, com o aumento dos “autoritarismos” à escala mundial e perante “um planeta em perigo por causa das alterações climáticas”, as grandes crises da atualidade foram “exacerbadas ou negligenciadas” por Donald Trump, enquanto esteve na Casa Branca.
“Para afastar o pior Presidente dos tempos modernos, muitos eleitores poderão estar prontos para votar em quase qualquer um outro”, admite o Washington Post, acrescentando que, “felizmente”, os eleitores não terão que “baixar os seus critérios” nas eleições de 3 de novembro.
O jornal lembra a chegada de Joe Biden à Casa Branca em 2009, onde foi vice-Presidente de Barack Obama, no meio de uma grave crise económica e financeira, destacando o papel de negociador no Congresso, onde procurou soluções entre democratas e republicanos.
Para o Washington Post, Joe Biden também poderá “posicionar melhor os Estados Unidos como um competidor capitalista com a China”, ao mesmo tempo que renova as alianças internacionais que o jornal diz terem sido danificadas pelo mandato do Presidente republicano.
Vários jornais de referência, incluindo o Chicago Tribune e o Los Angeles Times deram o seu apoio a Joe Biden para as presidenciais de 3 de novembro, mas o New York Times ainda não se pronunciou.
Joe Biden também recebeu o apoio de algumas figuras republicanas moderadas, incluindo ex-governadores e ex-‘mayors’.
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