"O cinegrafista da Al Jazeera, Ahmed al Louh, foi assassinado hoje, domingo, num bombardeamento israelita", informou o site em árabe do canal.

A emissora acrescentou que o ataque teve como alvo o campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza.

O exército israelita, ao ser contactado pela AFP, disse que "está a investigar as informações".

Desde o início da guerra no território palestiniano, a 7 de outubro de 2023, a Al Jazeera tem informado continuamente sobre os efeitos da campanha militar israelita.

O canal, desde antes da guerra, mantém uma longa disputa com o governo israelita, que acusa jornalistas da Al Jazeera de terem relações com o Hamas ou com os seus aliados da Jihad Islâmica.

A Al Jazeera negou essas acusações e afirmou que Israel tem como alvo sistemático os seus funcionários na Faixa de Gaza.

Al Louh é o quinto jornalista da Al Jazeera morto desde o início da guerra em Gaza.

Em setembro, as forças israelitas atacaram o escritório da Al Jazeera na Cisjordânia, e os militares israelitas afirmaram que o escritório em Ramala foi "usado para incitar o terror" e "apoiar actividades terroristas".

A Al Jazeera qualificou o ataque israelita de "ato criminoso" e ataque à liberdade de imprensa.

O governo de Israel, com base numa lei aprovada em abril pelo parlamento, proibiu, a 5 de maio, a Al Jazeera de operar no país e fechou os escritórios da emissora qatari.