“Sem jornalismo não há democracia” e “o nosso segredo profissional é o teu direito à informação” foram algumas palavras de ordem que se ouviram no protesto contra as apreensões que tiveram lugar na passada terça-feira em Palma de Maiorca, no arquipélago das Baleares.

Um juiz ordenou a apreensão de telefones portáteis, computadores e documentos na posse de dois jornalistas que trabalham para a agência Europa Press e o Diário de Maiorca.

O magistrado conduzia um inquérito sobre uma fuga de informação de um relatório da polícia num escândalo de corrupção que envolvia o gerente de uma discoteca que terá beneficiado da proteção de polícias e políticos locais.

O juiz autorizou a análise do correio eletrónico e mensagens nas redes sociais dos dois jornalistas especializados em temas jurídicos.

"Quem vai agora falar com esses jornalistas? [sabendo que o seu nome pode ser revelado?], interrogou-se o secretário-geral da Federação dos Sindicatos dos Jornalistas (FeSP), Austín Yanel, que considerou a apreensão realizada como sendo "intolerável".

Paralelamente a este protesto, uma centena de jornalistas também se concentrou às portas da agência EFE, em Madrid.

Várias associações de jornalistas, de meios de comunicação e outros profissionais espanhóis têm denunciado esta situação nos últimos dias.