José Neves vai assumir a direção executiva da Fundação José Neves (FJN), substituindo Carlos Oliveira, que exerceu funções de presidente executivo desde a criação da FJN, em 2018.

A mudança diretiva surge depois da saída de José Neves do cargo de CEO da Farfetch, unicórnio de ADN português dedicado à compra online de produtos de luxo adquirido pela sul coreana Coupang e que enfrenta um processo de reestruturação financeira.

“Os destinos e a gestão da Fundação José Neves passam a ser diretamente assumidos por mim, e esta vai continuar a contribuir para transformar Portugal numa sociedade do conhecimento e desenvolver o potencial humano dos portugueses”, escreveu José Neves num comunicado enviado às redações.

“A Fundação José Neves é hoje uma realidade credível e que promove com eficiência a elevação do capital humano em Portugal”, decretou.

Em relação ao trabalho do seu antecessor, não poupa nos elogios. “A visão e determinação extraordinárias revelaram-se fulcrais para o sucesso da FJN e dos programas desenvolvidos”, sublinhou José Neves.

A obra feita em seis anos 

Do legado de seis anos à frente dos destinos da Fundação José Neves, Carlos Oliveira, presidente executivo cessante da Fundação, cita para a posteridade a obra feita. “As bolsas ISA FJN, o relatório “Estado da Nação sobre a Educação, o Emprego e as Competências”, a plataforma Brighter Future, a aplicação de desenvolvimento pessoal 29K FJN e, mais recentemente, o “Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens”, exemplificou.

“O programa bolsas ISA FJN — desde outubro de 2023 conta com a parceria com a Fundação Galp — já permitiu a 420 portugueses aumentar ou requalificar as suas competências, num investimento em propinas superior a três milhões de euros”, começou por escrever o também fundador da InvestBraga, Agência de Dinamização Económica do Município de Braga, responsável pela Startup Braga.

O “Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens”, lançado em janeiro de 2023, “junta 101 empresas portuguesas — com um volume de negócios de 76.000 milhões de euros, dando emprego a cerca de 260 mil pessoas — que se comprometem, até 2026, a promover uma aposta efetiva no emprego e contratação jovem”, continuou Carlos Oliveira, presidente cessante da FJN e ex-Secretário de Estado no XIX Governo, com a pasta do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação.

A aplicação de desenvolvimento pessoal 29K FJN, outra das iniciativas da fundação, conta com “mais de 77 mil utilizadores registados que procuram nesta ferramenta promover o seu bem-estar e saúde mental”, e a plataforma Brighter Future, base de dados sobre Educação, Empregabilidade e Competências, “permite comparar e relacionar informações sobre cerca de 4500 cursos e formações, mais de 1800 profissões e mais de 1800 competências”, destacou Carlos Oliveira que fecha o ciclo na Fundação José Neves, Carlos Oliveira para “partir para outros desafios e abrir a porta a novos projetos”, finalizou, sem mais informação.