Além de José Silvano, segundo o Observador, há mais dois casos de falsas presenças parlamentares a envolver os deputados do PSD José Matos Rosa (então secretário-geral do partido) e Duarte Marques.
Ambos os casos são relativos a 2017 e a presença dos deputados foi registada na Assembleia da República quando Matos Rosa estava em viagem a Cabo Verde (3 de fevereiro) e Duarte Marques no Porto (4 de maio).
"Os casos, se se repetem, não posso ficar mais tranquilo. O PSD, como um partido responsável, tem interesse no esclarecimento de toda a verdade", afirmou José Silvano aos jornalistas, na Guarda, onde, na qualidade de secretário-geral do PSD, participou na sessão de abertura da V Academia do Poder Local dos Autarcas Social-Democratas (ASD), que decorre naquela cidade até domingo.
À margem da iniciativa, José Silvano declarou ter "a certeza absoluta de que esses deputados estão interessados no esclarecimento da verdade".
"E, portanto, a postura deve ser exatamente a mesma. Eu não quero é que os casos se misturem e, por isso, falo só no meu. E, no meu, eu já disse. Não recebi nada, não mandei marcar nada. Estou absolutamente à vontade. Averiguem", garantiu.
Na opinião do secretário-geral do PSD, "os outros deputados, também, com certeza, terão a sua versão".
"Acho que é para o país muito bom, e para nós também, que se averiguem os casos, que é para assumir as responsabilidades. Quem as tiver que as assuma, quem não as tiver que seja ilibado e que não ande nesta questão da opinião pública com coisas de que não tem responsabilidade", rematou o social-democrata.
O Ministério Público anunciou na quinta-feira que vai abrir um inquérito ao caso das falsas presenças no plenário da Assembleia da República do deputado e secretário-geral do PSD, José Silvano, disse à Lusa a Procuradoria-Geral da República.
No mesmo dia, José Silvano manifestou-se satisfeito com esta decisão, recordando que tinha pedido esta intervenção, e solicita uma decisão célere.
"No que diz respeito ao registo de presenças no plenário, independentemente do que ainda possa haver a investigar neste caso concreto, só posso achar bem, uma vez que fui eu próprio, na única conferência que dei sobre esta matéria, que o pedi", afirmou o deputado José Silvano, numa declaração à Lusa.
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