O Capitão do Porto e Comandante local da Polícia Marítima de Vila Real de Santo António e Tavira, comandante João Afonso Martins, disse à agência Lusa que as buscas decorreram durante toda a noite e continuam hoje durante o dia com o apoio de um avião da Força Aérea e do instituto de socorro a náufragos espanhol.

“Tentámos enviar o máximo de meios possíveis nos primeiros minutos, mas até agora não foi possível localizar” a jovem, lamentou o comandante João Afonso Martins.

O responsável explicou que durante as horas iniciais da operação, iniciada cerca das 20:30 de sábado, estiveram envolvidos 20 operacionais em sete meios dentro de água, assim como um helicóptero pesado da Força Aérea, uma lancha de socorros a náufragos de Espanha e outros meios da GNR e Proteção Civil, entre outros.

Segundo o relato do Capitão do Porto de Vila Real de Santo António, que coordena as buscas, o vento soprava de norte e a jovem terá entrado “numa espécie de pânico/susto e não remou”, o que fez com que “o vento lhe pegasse e ela começasse a deslocar para sul”.

“O pai ainda tentou e saltou para a água, mas infelizmente não conseguiu agarrá-la, não teve capacidade física para chegar à prancha”, disse o comandante João Afonso Martins.

A partir do momento em que receberam a informação do desaparecimento, “foram ativados todos os meios disponíveis possíveis, que foram muitos”, assegurou o responsável.

Segundo o responsável pela operação, os primeiros a chegar ao local foram duas embarcações semirrígidas, uma da estação salva-vidas e outra da Polícia Marítima de Vila Real de Santo António, que chegaram ao local em cerca de 25 minutos.

“Mas infelizmente essas embarcações já chegaram à noite, portanto já não tinham visibilidade”, afirmou, acrescentando que “também não havia Lua, que só nasceu, em quarto minguante, às 04:00”.

Em seguida, foram chegando mais meios, entre eles um navio de patrulha costeiro com oito homens a bordo e um helicóptero da Força Aérea.