Depois de o Governo nigeriano ter anunciado no sábado à noite a libertação, após intensas de negociações com o grupo extremista, as jovens chegaram hoje a Abuja, onde foram recebidas pelo Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, num encontro marcado pela emoção.
As raparigas integravam o grupo de mais de 200 alunas de uma escola secundária da localidade nigeriana de Chibok (noreste) que foram sequestradas pelo Boko Haram em 14 de abril de 2014.
Na altura, os extremistas conseguiram raptar as menores depois de terem atacado aquela localidade com uma dezena de camiões e de terem ateado fogo a edifícios públicos e a casas.
O chefe de Estado nigeriano expressou hoje a sua gratidão para com todos aqueles que contribuíram para o sucesso das negociações com o grupo extremista, que contaram com a participação do Governo suíço, do Comité Internacional da Cruz Vermelha e de várias organizações não-governamentais locais e internacionais.
Como moeda de troca, o Governo de Abuja libertou alguns alegados membros do Boko Haram que estavam presos, explicou o porta-voz presidencial Garba Shehu, que não especificou o número de presumíveis terroristas libertados.
A libertação destas jovens foi saudada a nível internacional, com vários responsáveis e várias organizações internacionais a congratularem-se com o regresso a casa das menores.
Mas, a associação Bring Back Our Girls, criada pouco tempo depois do sequestro, pediu às autoridades e aos ‘media’ para não se esquecerem das outras 117 raparigas que ainda permanecem nas mãos dos ‘jihadistas’.
O grupo fundamentalista Boko Haram pretende criar um estado islâmico no norte da Nigéria e está ativo no país desde 2009.
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