As mesmas fontes referiram que neste momento estão a “estudar várias rotas” para Guaidó, que estava proibido de sair de território venezuelano, chegar à Venezuela, mas acrescentaram que o regresso “será muito em breve”, para que possa exercer as “funções de presidente interino”, cargo que anunciou em 23 de janeiro e sendo de seguida reconhecido por cerca de 50 países.

Na segunda-feira Guaidó participou na reunião do Grupo de Lima em Bogotá, e manteve de seguida diversas reuniões “até muito tarde” após abandonar a sede do ministério dos Negócios Estrangeiros na capital colombiana, onde decorreu o encontro.

À saída, e sob forte escolta e evitando os jornalistas, dirigiu-se para local desconhecido.

Na manhã de hoje, e ainda segundo as mesmas fontes, manteve “reuniões privadas de alto nível” para prosseguir o trabalho iniciado na segunda-feira e também abordar a questão da ajuda humanitária recolhida por uma coligação internacional. Abordou ainda “temas relacionados com a situação do país”.

Após o final da reunião de segunda-feira, Guaidó disse à Caracol Televisión que estava a trabalhar no seu regresso, mas assegurou que “esta semana” estará em Caracas “exercendo” as suas funções.

Guaidó chegou à Colômbia na sexta-feira para assistir em primeiro lugar a um concerto em seu apoio na cidade fronteiriça de Cúcuta, após atravessar uma das pontes limítrofes.

Em janeiro, o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, apresentou uma petição no Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) para que, no âmbito de uma investigação preliminar, fosse impedida a saída do país de Juan Guaidó, para além do bloqueio das suas contas, apesar de não ter ordenado a sua detenção.

Horas depois, o TSJ admitiu a petição, proibiu Guaidó de sair do país e congelou as suas contas.

No entanto, Guaidó assegurou hoje que “não recebeu nenhuma ordem” que o impeça de sair do país, porque quem a solicitou “é quem usurpa funções na procuradoria e no Supremo”.