Neste segundo dia das celebrações do Jubileu de Platina, que terminam em 05 de junho, realiza-se cerimónia religiosa na Catedral de São Paulo. Todavia, a rainha Isabel II não vai estar presente na missa. Em comunicado, o Palácio de Buckingham revelou que a monarca de 96 anos sentiu "algum desconforto" durante o desfile desta quinta-feira e, por isso, não vai participar na celebração religiosa.

"A Rainha gostou muito do desfile de aniversário e do espetáculo aéreo de hoje, mas sentiu algum desconforto. Tendo em conta a jornada e a atividade necessária para participar do Culto Nacional de Ação de Graças de amanhã na Catedral de São Paulo, Sua Majestade, com grande relutância, concluiu que não comparecerá", esclarece a nota.

O príncipe André também estará ausente da cerimónia desta sexta-feira, depois de ter testado positivo para a Covid-19.

Segundo o noticiado pela agência Reuters, o "desconforto" sentido pela Rainha de Inglaterra estará relacionado com as dificuldades de mobilidade.

"A Rainha está ansiosa para participar do evento de iluminação desta noite no Castelo de Windsor e gostaria de agradecer a todos aqueles que fizeram de hoje uma ocasião tão memorável", conclui o comunicado do Palácio de Buckingham.

No dia 06 de fevereiro, a Rainha Isabel II, de 95 anos, tornou-se na primeira soberana britânica na história a atingir o Jubileu de Platina, apesar de inicialmente não estar destinada a herdar a coroa.

A ascensão aconteceu em 1952 devido à morte prematura do pai, Jorge VI, que por sua vez chegou ao trono britânico porque o irmão Eduardo VIII abdicou para se casar com a norte-americana, duas vezes divorciada, Wallis Simpson.

O reinado de Isabel II começou com a morte do seu pai, o Rei Jorge VI, em 06 de fevereiro de 1952, embora a monarca só tenha sido coroada em 02 de junho de 1953.

Cada vez mais a rainha, que tem dificuldade em andar, é representada pelo seu filho e herdeiro, o príncipe Carlos.

Ainda assim, Isabel II apareceu quinta-feira duas vezes na varanda do palácio de Buckingham e participou à noite, no Castelo de Windsor, numa breve cerimónia na qual foram ligadas milhares de luzes que iluminaram a denominada "árvore das árvores", uma construção com 21 metros.

O arcebispo de York, Stephen Cottrell, destacou na cerimónia o sentido de serviço público de Isabel II nestes 70 anos de reinado.

"Ao longo de um tempo de mudança e desafio, felicidade e tristeza, ela esteve e está ao serviço do nosso país e da Comunidade Britânica das Nações (Commonwealth)", disse o arcebispo.

"Vossa Majestade, lamentamos que não esteja connosco esta manhã pessoalmente", acrescentou o religioso, numa cerimónia marcada pelo formalismo onde se ouviu um coro infantil.

A cerimónia religiosa na Catedral de St. Paul marca a primeira presença do príncipe Harry, neto da monarca, e da mulher deste, Meghan, em Londres desde que partiram para a Califórnia há dois anos e o único ato das celebrações em que participaram até agora.

O duque de Sussex, com medalhas militares penduradas no casaco, e a duquesa, num vestido branco, chegaram à catedral pouco depois das 11:00 (10:00 GMT), captando a atenção de convidados e fotógrafos.

Antes deles chegou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vaiado pela multidão que se juntou em redor da catedral, segurando a mão da sua esposa Carrie, e também entraram na Catedral os seus antecessores Tony Blair e David Cameron.

Um cerimonial pesado rodeia esta cerimónia religiosa, com guardas em uniformes tradicionais em filas no pátio e nas escadas, e sinos a tocar continuamente.