A queixa relaciona-se com uma alegada pressão sobre a Banca Privada d'Andorra (BPA) para obter informações sobre políticos catalães durante o processo político de independência da Catalunha.

A investigação decorre de uma queixa, admitida em 2020, apresentada pelo "Institut de Drets Humans d`Andorra", entre outros, e inclui o antigo secretário de Estado do Interior Francisco Martínez e o antigo diretor da Polícia Ignacio Cosidó, informaram os queixosos.

A juíza de instrução de Andorra Stéphanie Garcia Garcia emitiu agora cartas rogatórias para notificar os arguidos da queixa e deu-lhes 15 dias para nomearem um representante legal, avisando-os de que, se não o fizerem, será nomeado um representante oficioso, explicou o instituto num comunicado.

A magistrada também concordou em enviar novamente cartas rogatórias ao antigo diretor-adjunto de operações (DAO) da Polícia Nacional Eugenio Pino, e ao antigo inspetor chefe Bonifacio Diez, que foram convocados, mas não compareceram.

A queixa, inicialmente dirigida contra os membros da chamada "polícia patriótica", foi posteriormente alargada após a incorporação de novos queixosos, entre os quais a família Pujol.

Na queixa, apresentada pelos crimes de coação, ameaças, extorsão, chantagem e falsificação de documentos, acusa-se Mariano Rajoy e Fernández Díaz de enviarem membros da polícia para pressionar responsáveis do BPA para obter informações sobre as contas bancárias dos políticos catalães no Principado, incluindo o ex-presidente da Catalunha e independentista Artur Mas.

A queixa alega que o Governo espanhol terá ameaçado os responsáveis do BPA de forçar o encerramento do banco e da sua filial espanhola Banco Madrid - ambos já encerrados - se não fornecessem as informações exigidas.