A juíza do Supremo Tribunal de Justiça espanhol (Audiência Nacional), emitiu esta sexta-feira um mandato europeu de captura de Carles Puigdemont e dos minitros Antoni Comín, Lluís Puig, Meritxell Serret e Clara Ponsatí, por “delitos de rebelião, sedição, desvio de fundos e desobediência à autoridade”, refere o tribunal em comunicado.
Lamela afirma que Puigdmont aproveitou-se da sua posição enquanto líder do governo catalão para "levar a cabo um referendo independentista para conseguir a separação da Catalunha", juntamente com as autoridades, oficiais públicos e outras entidades privadas.
"Por isto, [e por] promoverem a intimidação e a violência nos sectores da pro-independência da população, apelando à insubordinação, desafiaram a ordem constitucional", referiu a juíza, segundo o El País.
Os cinco elementos viajaram para Bruxelas, na Bélgica, e não estiveram presentes na Audiência Nacional de quinta-feira.
Um porta-voz do Ministério Público belga confirmou que receberam o mandado de detenção e referiu que o mesmo vai ser estudado.
“Vai ser entregue a um juiz de instrução e vai ser estudado”, disse Eric Van der Sijptm, citado pela agência France Press.
Esta notícia surge depois do ex-presidente do governo da Catalunha Carles Puigdemont ter afirmado que "não fugiu à justiça" e que tenciona ser candidato, mesmo "a partir do estrangeiro", nas eleições regionais catalãs que estão convocadas para 21 de dezembro deste ano.
"Estou disposto a ser candidato, incluindo mesmo do estrangeiro", referiu o político catalão numa entrevista à televisão pública francófona RTBF que será transmitida na íntegra hoje à noite.
O presidente do governo catalão destituído, que também salientou que está na Bélgica a preparar a sua defesa, acrescentou: "Há eleições no dia 21 de dezembro. Esperamos que possam decorrer da maneira mais normal possível. Não é com um governo na prisão que estas eleições podem ser neutrais, independentes, normais".
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