No prefácio de um livro de crónicas, que Carlos Moedas dedica ao ex-primeiro-ministro Passos Coelho, que fará a sua apresentação no dia 18, o anterior presidente da Comissão Europeia não poupa elogios ao seu comissário da Investigação, Ciência e Inovação, apontando o papel desempenhado na suavização da aplicação do Pacto de Estabilidade que levou a vários cortes nos rendimentos das famílias portuguesas.
“Ele contribuiu largamente para que esta Comissão fosse diferente, mais política, mais atenta às realidades nacionais. Penso aqui em particular na nossa decisão de dar uma outra grelha de leitura ao Pacto de Estabilidade, flexibilizando certas das suas disposições”, sublinha.
Jean-Claude Juncker lembra que essa flexibilização foi feita “contra a vontade de muitos dos Estados-membros”.
“Mas fizemo-lo com sabedoria e com inteligência, o que nos permitiu dizer presente quando Portugal, mas também a Espanha, a Itália e a Grécia nos pediram que agíssemos em seu favor. Foi assim que pudemos atuar de forma a que Portugal saísse do procedimento de défice excessivo em vez de sancionar Portugal de manhã à noite e ferir os portugueses na sua dignidade”, salienta.
Depois de classificar Carlos Moedas como “um verdadeiro embaixador da causa europeia”, Juncker recorda o trabalho desenvolvido pelo ex-comissário e a sua capacidade de “defender e promover com paixão e dinamismo a investigação, a ciência e a inovação”.
“A ação do Carlos em todos os domínios honrou a Europa e honrou Portugal”, elogia o ex-presidente da Comissão Europeia, indicando o trabalho do comissário em vários domínios para que o continente “retomasse a liderança tecnológica e se reconvertesse numa terra de inovação”.
Com a chancela da editora Guerra e Paz, “Vento Suão – Portugal e a Europa” reúne as crónicas de Carlos Moedas no Correio da Manhã e será apresentado pelo ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho na próxima terça-feira, dia em que será também colocado à venda.
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