
Nir Meir foi preso na última segunda-feira, no estado da Flórida, após um mandado emitido pelo estado de Nova Iorque, confirmou à AFP o departamento de polícia de Miami-Dade.
O empresário de 49 anos e os seus cúmplices terão roubado investidores, empreiteiros e autoridades municipais, segundo o procurador distrital de Manhattan Alving Bragg, que considera que houve uma "fraude generalizada no setor imobiliário liderada, principalmente, por Nir Meir".
Meir declarou falência na Flórida no passado dia 1 de fevereiro, mencionando dívidas no valor de quase 30 milhões de dólares, incluindo milhares de dólares devidos a empresas de cartão de crédito e uma dívida de 626 mil dólares junto ao magnata americano-israelita Benny Shabtai.
Segundo uma declaração judicial, Meir tinha apenas 50 dólares em ativos, apesar de registar gastos mensais de 37,4 mil dólares e de morar num imóvel de luxo em Miami.
A procuradoria acusa Meir de desviar fundos de um empreendimento imobiliário importante em Manhattan para duas empresas controladas pelo HFZ Capital Group, investidora imobiliária da qual era diretor-gerente.
"Os ativos foram desviados principalmente para cobrir défices financeiros em projetos não relacionados da HFZ, e também para contas pessoais controladas por executivos do HFZ, o que gerou um défice de mais de 37 milhões de dólares", informou o procurador.
Quando os problemas financeiros do HFZ tornaram-se públicos, devido a uma série de processos, investidores "exigiram uma inspeção aos seus registos financeiros", indicou Bragg.
A procuradoria afirma que o HFZ defraudou a cidade em mais de 15,6 milhões de dólares com o não pagamento de impostos nos exercícios de 2018, 2019 e 2020.
Meir costumava frequentar a cena social de Nova Iorque e inaugurações de galerias. Segundo a revista "New York", era um apreciador de carros de luxo e bons vinhos. Além das acusações penais, o magnata enfrenta vários processos em Nova Iorque relacionados ao período em que estava à frente do HFZ.
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