“A influência da [National Rifle Association] NRA é tal que a organização não foi controlada durante anos, e quando os seus altos dirigentes metiam milhões de dólares nos seus bolsos”, declarou Letitia James, numa referência a este poderoso lóbi e ao seu influente patrão, Wayne LaPierre.

Letitia James, que fez o anúncio numa conferência de imprensa, acrescentou que a influência da NRA “tem sido tão poderosa” que impediu que os EUA adotem “medidas contra a violência armada”.

“Mas estão a abusar do seu poder, e sob as aparências, a NRA está repleta de fraudes e abusos e é por isso que hoje tentamos dissolvê-la”, disse ainda.

A procuradora-geral nova-iorquina denunciou dezenas de circunstâncias em que os executivos da NRA usaram milhões de dólares da organização e que incluem viagens com familiares às Bahamas, voos privados e refeições restaurantes.

Além de exigir a devolução das verbas alegadamente mal gastas, Letitia James adiantou que a sua iniciativa visa impedir os quatro dirigentes, acusados a título individual, de voltarem a integrar qualquer organização não lucrativa no Estado de Nova Iorque.

A ação judicial resulta de uma investigação aberta em 2019 e no passado a NRA acusou Letitia James, do Partido Democrata, de parcialidade por declarações feitas anteriormente contra a organização.

A NRA foi fundada em 1871 e durante décadas exerceu forte influência na política norte-americana.

Nas últimas eleições presidenciais, a organização gastou milhões de dólares para apoiar a eleição de Donald Trump.