O Bloco considera que "a condenação do assassinato brutal de Jamal Khashoggi tem que ser inequívoca e incondicional", propondo que a Assembleia da República censure a morte do jornalista que trabalhava para o Washington Post.
"As investigações levadas a cabo pelo regime turco indicam que Jamal Khashoggi foi torturado, estrangulado e esquartejado por membros da equipa de segurança das altas autoridades sauditas", lê-se no texto dos bloquistas.
Já o CDS considera que "os factos tornados públicos recentemente confirmam definitivamente o seu homicídio no Consulado da Arábia Saudita, em circunstâncias e contornos que permanecem por apurar".
Os centristas apelam ainda à União Europeia e seus Estados-membros "a adotarem uma posição firme e unida de condenação pela atuação do regime da Arábia Saudita, e na defesa dos princípios mais elementares dos direitos humanos e da liberdade de imprensa".
O texto do BE foi aprovado por todas as bancadas, mas registou as abstenções de Miguel Morgado (PSD) e de João Rebelo (CDS), enquanto o texto dos centristas foi aprovado por unanimidade.
Jamal Khashoggi, de 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 02 de outubro, para obter um documento para se casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.
O jornalista saudita, que colaborava com o jornal The Washington Post, estava exilado nos Estados Unidos desde 2017 e era um reconhecido crítico do poder em Riade.
No sábado, a Arábia Saudita admitiu que Jamal Khashoggi foi morto nas instalações do consulado saudita em Istambul, depois de, durante vários dias, as autoridades de Riade terem afirmado que saíra vivo do consulado.
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