O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou, por sua vez, um “crime desprezível”, após a morte da filha do ideólogo Alexander Dugin que apoiava a ofensiva na Ucrânia, morta pela explosão do seu carro perto de Moscovo. As autoridades russas acusam Kiev, que nega e evoca confrontos internos nos serviços russos.

Falando hoje num fórum em Kiev, o comandante-chefe do exército ucraniano, Valery Zaluzhny, considerou que as crianças ucranianas precisavam de uma atenção especial porque os seus pais tinham ido para a frente de combate e “estavam provavelmente entre os quase 9.000 heróis que foram mortos”.

Esta é uma das poucas declarações de oficiais ucranianos sobre as suas perdas militares na guerra, iniciada em 24 de fevereiro por Moscovo e que deixou a Ucrânia num estado de destruição.

A estimativa anterior foi feita em meados de abril, quando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que 3.000 militares ucranianos tinham sido mortos e cerca de 10.000 feridos.

Hoje, Zelensky afirmou, no seu discurso diário, que “o número total de diferentes mísseis de cruzeiro que a Rússia lançou no território ucraniano é de quase 3.500” e que “é impossível contar os bombardeamentos de artilharia russa, porque são demasiado intensos”.

Entretanto, enquanto muitos países europeus fornecem equipamento militar à Ucrânia, a União Europeia (UE) está a considerar organizar uma missão de “formação e assistência” ao exército ucraniano nos países vizinhos, disse hoje o chefe diplomático da EU, Josep Borrell.

A proposta será discutida na próxima semana em Praga, no Conselho de Ministros da Defesa da UE.

“Uma guerra que está a decorrer e parece provável que continue requer um esforço não só em termos de fornecimento de equipamento, mas também de treino e assistência na organização do exército”, comentou, numa conferência de imprensa em Espanha.

A guerra provocou 12 milhões de refugiados e de deslocados internos, segundo a ONU. A generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia pela invasão da Ucrânia.

A União Europeia e países como os Estados Unidos, o Reino Unido ou o Japão têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos e fornecido armas à Ucrânia.

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