O governo de Kiev disse na rede social Telegram que mais de 20 drones, de fabrico iraniano, foram detetados no espaço aéreo da capital, e pelo menos 15 foram abatidos.

As autoridades acrescentaram que um ponto crítico de uma infraestrutura foi atingido, sem avançar com mais detalhes.

Não se sabe se os ataques causaram vítimas.

A Rússia tem como alvo infraestruturas energéticas, como parte de uma estratégia para tentar deixar a população sem forma de se aquecer.

Na sexta-feira, a capital da Ucrânia foi atingida por um ataque em grande escala da Rússia. Dezenas de mísseis foram lançados em todo o país, causando falhas generalizadas de energia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia contra a Ucrânia já forçou a deslocação de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente Vladimir Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

As Nações Unidas confirmaram, desde o início da guerra, 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém da realidade.