"No total, foram disparados cerca de 70 mísseis de cruzeiro Kh-101/Kh-555 Kalibr. As forças de defesa aérea destruíram 51 mísseis. Além disso, cinco ‘drones’ do tipo Lancet foram destruídos no sul do país", informou a Força Aérea da Ucrânia, na rede social Telegram.

O Ministério da Energia da Ucrânia já reconheceu que esta barragem de ataques russos provocou danos graves nas principais infraestruturas energéticas do país, anunciando que milhões de pessoas ficaram sem acesso a eletricidade ou água.

O Ministério também informou que os ataques russos provocaram um 'apagão' temporário na maioria das centrais termoelétricas e hidroelétricas da Ucrânia, afetando o fornecimento de energia para várias regiões do país.

A Rússia tem vindo a atacar a rede elétrica e outras instalações com mísseis e ‘drones’ há várias semanas, aparentemente com o objetivo de transformar o frio e a escuridão do inverno numa arma contra a Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.