As sanções anunciadas pelo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, constituem “uma nova manifestação da política hostil e míope em relação à Rússia, uma nova decisão após tantas outras que violam os direitos dos ucranianos a informarem-se e prejudicam os interesses da população ucraniana”, declarou o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov.
A Ucrânia impôs hoje novas sanções contra a Rússia, que acusa de apoiar a rebelião separatista no leste ucraniano, bloqueando o acesso a vários serviços russos na Internet, como as redes sociais VKontatke (VK), designada o “Facebook russo” e que terá mais de 15 milhões de utilizadores ucranianos, e Odnoklassniki e o portal Mail.ru.
As sanções visam também o grupo Yandex, que possui um motor de busca muito popular, e vários meios de comunicação social, como as cadeias televisivas REN TV, TV Centr, NTV Plus, VGTRK, a rádio Nashe e a agência de notícias RBC, afetando mais de 450 empresas.
Além do bloqueio do acesso aos serviços, os ativos das empresas na Ucrânia são congelados e as suas operações comerciais e financeiras são restringidas.
As medidas tomadas pelo presidente Petro Poroshenko, que têm também como alvo os antivírus dos laboratórios Kaspersky, ampliam as já tomadas contra Moscovo após a sua anexação da península ucraniana da Crimeia em março de 2014, seguida do conflito no leste da Ucrânia com separatistas pró-russos.
Os combates no leste ucraniano causaram mais de 10.000 mortos em três anos.
Comentários