Questionado pelos jornalistas sobre a realização e organização da Festa do Avante!, que ocorre de 4 a 6 de setembro, na Quinta da Atalaia, no Seixal, o secretário de Estado da Saúde disse que a "DGS não toma decisões políticas, toma decisões técnicas". Lacerda Sales revelou, depois, que a Direção-Geral da Saúde e os organizadores do evento já deram início a uma ronda de reuniões de "caráter técnico" para avaliação do risco.
"Haverá garantidamente um pressuposto, o do cumprimento das regras sanitárias e das diretrizes da autoridade nacional de saúde. Contaremos, com certeza, com a colaboração e disponibilidade da entidade promotora para que tal venha a acontecer", assegurou.
O governante indicou ainda que há um "documento inicial" sobre o qual deverá ser feito um "trabalho técnico exaustivo e progressivo para que se possam garantidamente tomar boas decisões".
"Ainda há muitas questões que não conhecemos, como circuitos ou números de participantes, que terão de ser discutidas entre a Direção-Geral de Saúde e a entidade promotora", acrescentou Lacerda Sales.
Na mesma conferência de imprensa, o secretário de Estado de Saúde afirmou que a semana passada, entre 2 e 8 de agosto, registo o "menor número de infeções desde a semana que terminou a 15 de março".
O governante salientou ainda que o número de internamentos apresenta uma "tendência de decréscimo". Ao dia de hoje, o número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), 29, é o menor desde 2 de março.
“São números que nos dão alento, mas que reforçam que é preciso continuar esta caminhada longa e com obstáculos sobretudo quando o mundo está quase a atingir a barreira dos 20 milhões de infetados”, observou.
Lacerda Sales disse ainda que mais de 940 mil pessoas foram acompanhadas pela plataforma Trace Covid, que a linha de atendimento psicológico já atendeu cerca de 28 mil chamadas desde 01 de abril e que a linha de atendimentos para surdos mais de 280 contactos.
Relativamente aos lares, Lacerda Sales referiu que existem 72 lares com casos ativos de covid-19, o que representa 2% do universo total. Apesar de haver alguns focos, regista-se uma "tendência de diminuição", garantiu o governante, reiterando a necessidade de se continuar a trabalhar em conjunto com as instituições, autarquias e com a segurança social para manter os utentes em segurança.
Em Portugal, morreram 1.759 pessoas das 52.825 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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