De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), a “frente de lava” de um dos fluxos do vulcão está agora “a cerca de 5,2 quilómetros da estrada Daniel Inouye”, conhecida como “Estrada Saddle”.

Este é o eixo principal para atravessar a ilha do Havai, a maior deste arquipélago do Pacífico, de leste a oeste, sendo que o seu encerramento obrigaria os habitantes a fazerem longos desvios.

A lava do Mauna Loa, que não registava este tipo de fenómenos há 38 anos, diminuiu nos últimos dias e o maior fluxo avançava a “40 metros por hora” na quinta-feira, segundo o mais recente boletim do USGS.

A este ritmo, poderá chegar à estrada “no mínimo (…) numa semana”, segundo o USGS, que lembra, no entanto, que existem “muitas variáveis” que podem influenciar esta previsão, além do caráter volátil da erupção.

Esta permanece contida no lado nordeste do vulcão e as autoridades, que não emitiram ordem de evacuação, ainda garantem que as habitações continuam fora de perigo.

O governador do Havai, David Ige, alertou na quarta-feira os habitantes e turistas para os “vapores tóxicos” que escapam do vulcão, aconselhando o uso de máscara para as pessoas com problemas respiratórios.

Os ventos também podem transportar as fibras vulcânicas de vidro que se formam quando gotas de lava se estendem em finos filamentos. Afiados como lâminas de barbear, são perigosos para a pele e para os olhos.

Mauna Loa é um dos cinco vulcões que constituem a ilha do Havai (a ilha do Havai é a maior do arquipélago havaiano, tendo assim dado nome ao Estado norte-americano do Havai).

Com 4.169 metros acima do nível do mar, é muito maior em relação ao vulcão Kilauea, que entrou em erupção e destruiu 700 casas num bairro residencial em 2018.

Algumas das suas encostas são muito mais íngremes que as do Kilauea e por isso, quando entra em erupção, a sua lava pode fluir muito mais rapidamente.

Durante uma erupção de 1950, a lava da montanha viajou 24 quilómetros até ao oceano em menos de três horas.

A sudeste de Mauna Loa, o vulcão Kilauea está a passar por uma atividade muito contínua, com erupções quase ininterruptas entre 1983 e 2019. A mais recente, de menor dimensão, está a ocorrer há vários meses.

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