"Temos um alerta laranja devido à mudança na sismologia do vulcão Ruiz. Os autarcas devem preparar os protocolos para este estado de alerta", escreveu no Twitter o presidente Gustavo Petro.

A Unidade Nacional para Gestão de Risco de Desastres (UNGRD) informou que "este nível indica que, em dias ou semanas", o vulcão "pode ter uma erupção maior que na última década".

O Nevado del Ruiz é lembrado pela tragédia na desaparecida cidade de Armero, em novembro de 1985, quando a sua erupção provocou uma avalanche e deixou cerca de 25 mil mortos.

A agonia de três dias de Omaira Sánchez, de 13 anos, foi registada pelos meios de comunicação mundiais e tornou-se símbolo do pior desastre natural na história da Colômbia, uma das erupções vulcânicas mais letais do século XX.

De acordo com o Serviço Geológico, "a 29 de março, foi registado o maior número de terramotos diários desde o início da monitorização" deste vulcão, em 1985, com mais de 11.000 movimentos de terra.

A entidade garantiu, no entanto, que uma possível erupção "não é iminente", mas "apenas uma probabilidade, para a qual as autoridades devem estar preparadas".

"É recomendado que a comunidade mantenha a calma", acrescentaram, num boletim.

O vulcão tem quase 5.400 metros de altitude e é um dos muitos no "Cinturão de Fogo" do Pacífico.

Apelidado de "Leão adormecido", o vulcão entrou em atividade no final de 1986 após décadas de silêncio.

Segundo a UNGRD, os departamentos de Tolima, Caldas, Risaralda, Quindío e Cundinamarca estão em alerta.

A entidade informou que a "situação pode prolongar-se" e recomendou que as autoridades das regiões afetadas preparem "planos de evacuação", rotas "sinalizadas e em bom estado" e "avaliem restrições de acesso a algumas áreas".

O Nevado del Ruiz é um dos 25 vulcões ativos e monitorizados que existem na Colômbia.