Num requerimento enviado à presidente da AML, Helena Roseta, os eleitos centristas querem saber "que medidas preventivas tem tomado a Câmara Municipal de Lisboa para garantir a salubridade das fontes e repuxos sob a sua tutela".

O grupo municipal do CDS-PP questiona também se está a Câmara "em condições de garantir que as torneiras, duches e ar condicionados nas instalações e equipamentos camarários ou sob responsabilidade do município sofreram manutenção, limpeza e desinfeção".

Os centristas justificam o pedido de esclarecimentos "atendendo aos surtos de ´legionella` que periodicamente têm ocorrido" e pelo facto de se tratar de "uma bactéria comum que pode ser encontrada, em número reduzido, em ecossistemas aquáticos como rios, lagos ou reservatórios".

No requerimento, o grupo municipal do CDS-PP lembra que "as áreas de maior risco de infeção são aquelas onde se podem formar os aerossóis, como chuveiros e torneiras, fontes, repuxos, piscinas, humidificadores, sistemas de ar condicionado e refrigerado (torres de refrigeração e condensadores de vapor), mesmo se situados em telhados ou no solo".

Na nota enviada às redações, o líder da bancada municipal centrista pede a "publicação e afixação das análises efetuadas a fontes e repuxos de Lisboa".

Diogo Moura entende também que "a prevenção e controlo, e a aposta em meios de análise e diagnóstico, são medidas chave para evitar riscos e garantir a saúde pública".

O surto de ´legionella` no Hospital CUF Descobertas (Lisboa) poderá estar ligado à rede de águas do hospital, tendo já afetado 15 pessoas.

O último balanço, efetuado no sábado, dava conta que seis destes doentes já tiveram alta hospitalar, mantendo-se internados outros nove, cinco no CUF Descobertas e os restantes quatro em outros hospitais.

A bactéria "legionella pneumophila" é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.