“É de longe o [resultado] mais numeroso da história da nossa família política”, sustentou Le Pen, em Hénin-Beaumont (Pas-de-Calais), na primeira reação aos resultados da segunda volta das eleições legislativas francesas.
Referindo-se ao reforço acentuado do número de deputados do Rassemblement National (União Nacional, RN) que poderá chegar aos 100 - face aos atuais oito assentos na Assembleia nacional -, a líder da extrema-direita francesa prometeu que o partido vai fazer uma oposição “firme” e “sem conluio”.
No entanto, a União Nacional vai fazê-lo de forma “responsável e respeitosa” das instituições francesas, comentou.
O partido liderado por Marine Le Pen é o “herdeiro” da Frente Nacional, liderado pelo seu pai, Jean-Maria Le Pen, partido que em 1986 conquistou 35 deputados, quando os assentos se repartiam por representação proporcional.
A União Nacional ultrapassa hoje largamente essa cifra, uma vez que as primeiras projeções apontam para um máximo de 100 deputados.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, perdeu a maioria absoluta no parlamento, indicam as primeiras projeções.
Caso se confirmem estes resultados, significam um importante revés para o Presidente francês, que será forçado a procurar alianças para aplicar o seu programa de reformas nos próximos cinco anos.
Segundo as primeiras projeções, a coligação Ensemble! (Juntos!) do Presidente obterá entre 200 e 260 lugares, muito longe da maioria absoluta de 289 deputados (num total de 557) na Assembleia nacional.
Já a aliança de esquerda Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES), liderada por Jean-Luc Mélenchon, situa-se entre 150 e 200 deputados, tornando-se no primeiro grupo da oposição no Parlamento, segundo as projeções.
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