Os Les Républicans (LD), a direita tradicional francesa, excluiu esta noite uma aliança com o Governo para garantir uma maioria no parlamento, após o Ensemble! (Juntos!) do Presidente Macron ter perdido a maioria dos lugares na segunda volta das legislativas.
A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, considerou hoje que os resultados das legislativas constituem um "risco para o país" e apelou a uma "maioria de ação" e à "união", prometendo "diálogo" da parte do Governo e do Presidente.
Os resultados provisórios das legislativas em França, que dão uma maioria relativa à coligação do Presidente, Emmanuel Macron, não fazem com o que país seja ingovernável, mas será necessária "muita imaginação", considerou hoje o ministro da Economia.
O líder da coligação de esquerda em França, Jean-Luc Mélenchon, disse que a sua força ainda pode chegar ao Governo, declarando a derrota do Presidente nas legislativas e de todos os que "tinham lições para dar" à esquerda.
A líder do partido União Nacional, Marine Le Pen, prometeu hoje uma oposição “firme” e “sem conluio”, mas “responsável e respeitosa” das instituições, após os resultados provisórios das legislativas apontarem para um reforço substancial de deputados."
O presidente da Assembleia nacional francesa, Richard Ferrand, pilar do partido do Presidente Emmanuel Macron, reconheceu hoje a sua derrota nas eleições legislativas face à candidata da aliança de esquerda NUPES.
Aplausos, lágrimas, muita emoção e gritos de alegria ouviram-se hoje na sala de espetáculo em Paris escolhida pela esquerda para a noite eleitoral, com os simpatizantes a viverem "uma grande vitória" ao retirar a maioria a Emmanuel Macron.
O ministro das Contas Públicas francês, Gabriel Attal, falou hoje de um resultado "longe do esperado" para a coligação do Presidente, Emmanuel Macron, que perdeu a maioria absoluta na segunda volta das eleições legislativas francesas.