As autoridades já emitiram uma advertência contra os protestos convocados para hoje, ao referirem que não foram autorizadas.

Navalny convocou para hoje uma “greve de votantes” em toda a Rússia, após a rejeição pela comissão eleitoral da sua candidatura às eleições presidenciais de março, alegando que está inabilitado devido a antecedentes penais.

Segundo o opositor, o protesto está programado para 115 cidades russas.

“Por muito que tentem meter-nos medo, não podem haver repressões em massa contra os participantes no ato” do 28 de janeiro, escreveu Navalny na sua página digital.

O opositor encorajou os seus apoiantes a responderem à convocatória porque “em 99% dos casos, a forma de luta política mais segura, efetiva e simples são as manifestações”.

Centenas de manifestantes foram detidos em março e junho de 2017, sobretudo em Moscovo e São Petersburgo, no decurso dos protestos não autorizados convocados por Navalny.

Segundo os analistas, o Presidente russo Vladimir Putin, 65 anos, será reeleito no escrutínio de março com um resultado histórico de mais de dois terços dos votos, permitindo-lhe permanecer no Kremlin até 2024.

Navalny já considerou que, com a vitória de Putin garantida, as autoridades não vão manipular os resultados de março mas antes a taxa de participação, pelo facto de a abstenção nas últimas legislativas de setembro de 2016 ter ultrapassado 50% dos eleitores inscritos.

Putin acusou na semana passada Navanly de ser o candidato preferido dos Estados Unidos.