“Esperamos que até amanha [sexta-feira] a CML limpe a estátua do Padre António Vieira. Se tal não acontecer, eu próprio, com uma equipa do CDS-PP e da Juventude Popular, trataremos de fazer esse trabalho”, referiu Francisco Rodrigues dos Santos, numa publicação na sua página de Facebook.
Equipas de investigação criminal da Polícia de Segurança Pública (PSP) fizeram hoje diligências na zona do Largo Trindade Coelho, em Lisboa, onde uma estátua do Padre António Vieira foi vandalizada, disse à Lusa fonte do COMETLIS.
De acordo com a fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (COMETLIS), "houve uma projeção de tinta" vermelha sobre as figuras do Padre António Vieira e de três crianças, que compõem o conjunto de esculturas, tendo sido igualmente escrita a palavra "Descoloniza" na base do monumento.
Dizendo que é necessário defender a história portuguesa, protegendo-a dos “manipuladores e do terrorismo cultural”, o líder centrista considerou “urgente” dar resposta aos “vândalos” e fazer com que a lei e a ordem se cumpram.
O presidente do CDS-PP caracterizou esta vandalização de “cobarde”, considerando que a estes “destruidores de estátuas não move qualquer intuito de debate”.
“A maioria é movida pela cultura do ódio, pela ignorância e por agendas que pretendem fazer um insulto gratuito à nossa história”, vincou.
Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que, no fundo, estes “vândalos” só estão interessados em julgar o passado à luz de ideologias presentes, recorrendo ao “anacronismo e à aplicação de um critério de julgamento moral do passado”.
Na sua opinião, trata-se de uma nova forma de politicamente correto ou de historicamente correto.
“Não há diferença alguma entre a dinamitação dos Budas de Bamiyan pelos Talibãs, da destruição do museu de Mosul e de Palmira pelo Estado Islâmico, e a onda de vandalismo e terrorismo cultural que parece ter agora chegado a Portugal, pela mão cobarde de uma certa extrema-esquerda que não dá a cara”, realçou.
O centrista recordou que o Padre António Vieira é o “maior vulto português do século XVII, o Imperador da Língua Portuguesa e o Apóstolo do Brasil”.
Se há figura que se “agiganta pela sua dimensão moral e religiosa, pelo patriotismo e pelo fulgor das letras” é António Vieira, sublinhou.
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