“O inimigo está a ocupar Piatykhaty, o norte de Robotyne e Urozhaine, o que significa que grandes faixas de território foram perdidas para o inimigo”, analisou Prigozhin, de acordo com uma gravação de áudio divulgada na rede social Telegram.
Na terceira semana da contraofensiva, as forças de Kiev estão “a causar graves perdas e problemas” do lado russo, que estão a ser empurrados, denunciou, apontando que os russos não têm conhecimento da situação.
Prigozhin voltou a criticar a hierarquia militar da Rússia, com quem o líder do grupo Wagner está em conflito aberto há vários meses.
“Tudo isto está completamente escondido de todos. Um dia a Rússia vai acordar e perceber que a Crimeia é ucraniana. Isso é uma traição direta aos interesses da Federação Russa”, realçou Prigozhin.
Na zona de Sadové, a norte de Tokmak na região de Zaporijia (sul), “não há comando, nem armas, nem munições”, alertou.
Kiev relatou até agora a reconquista de oito localidades desde o início da contraofensiva, enquanto Moscovo tem referido apenas que o seu Exército tem repelido incansavelmente todos os ataques ucranianos.
Yevgeny Prigozhin acusou o comando militar, incluindo o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, de comunicar sobre fatos que não correspondem à realidade.
“A informação está bloqueada, o inimigo está a avançar em direção a Molotchniy Lyman”, uma pequena cidade localizada perto do Mar Negro, ao sul de Melitopol, vincou ainda.
A reconquista desta aldeia permitiria ao Exército ucraniano dividir as forças russas em dois e chegar ao Mar Negro.
“Se o inimigo chegar a Molotchniï Lyman, então todos os territórios conquistados durante a operação militar especial regressarão ao inimigo”, concluiu Yevgeny Prigozhin, advertindo para um cenário de desastre para a Rússia, cujo objetivo declarado continua a ser a conquista de todo o Donbass.
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