Abbas disse que os palestinianos não vão aceitar o plano de paz de Trump para o Médio Oriente, considerando que as promessas de paz do presidente norte-americano se transformaram na “bofetada do século”.
A reunião da direção da OLP, que termina hoje, foi convocada para analisar a resposta ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelo presidente norte-americano.
Mahmud Abbas referiu que os palestinianos continuam empenhados nas negociações, mas adiantou que Trump destruiu a sua credibilidade como um agente de paz no Médio Oriente.
Também acusou Israel de ter acabado com os acordos de Oslo, assinados em 1993 entre as duas partes sob mediação do presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e visavam um aumento da autonomia palestiniana.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que se encontra numa visita à Índia, disse que Abbas “rasgou a máscara” e mostrou o que considerou ser a verdade.
“A raiz do conflito entre nós e os palestinianos é a sua contínua recusa em reconhecer o Estado judeu sejam quais forem as fronteiras”, escreveu Netanyahu na rede social Facebook.
Para o ministro da Defesa israelita, Avigdor Lieberman, Abbas “perdeu a razão” e desistiu da perspetiva de negociações de paz a favor de um confronto aberto com Israel e os Estados Unidos, enquanto o ministro da Educação, Naftali Bennett, líder do partido Lar Judaico, disse que o discurso de Abbas representava o seu “canto do cisne”.
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