Em comunicado, a LBP diz que “os bombeiros continuam a ser tratados como filhos de um deus menor e eternos esquecidos quando se trata de concretizar apoios e obter ferramentas fundamentais para a execução das suas missões”.

Citado no documento, o presidente, Jaime Marta Soares, refere que a LBP marcou uma posição “clara e inequívoca” a propósito do Plano de Recuperação e Resiliência e do Programa Nacional de Ação do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais e acusa o Governo de ter ignorado esses contributos.

Para Marta Soares essa foi mais “uma grave ofensa”, numa sucessão de “tristes e repetitivos episódios de desrespeito” para com os bombeiros.

“Todos contam de tal modo com os bombeiros como dado adquirido que, repetidamente, nem cuidam de saber e satisfazer as suas necessidades como é dever e obrigação do Estado, através dos vários Governos”, censura o presidente da LBP.

Salienta que “os fogos evitam-se, não se combatem”, só que o apoio, quando chega, “traduz-se em migalhas, se comparado com as necessidades perfeitamente identificadas e reconhecidas por todos”.

Segundo Marta Soares, o Governo fala em milhões nas medidas anunciadas no âmbito da floresta, mas fica “por saber” “que apoios é que virão a concretizar-se”.

“Analisados os ditos planos, a LBP conclui terem uma matriz comum relativa ao ostracismo a que votam os bombeiros e à falta de apoios que lhes disponibilizam”, critica.

Jaime Marta Soares vinca que os bombeiros portugueses “não estão dispostos a pactuar com tal estado de coisas, com as sucessivas demonstrações de desrespeito”.

“A quem está na linha da frente de uma 'guerra' não se pode negar as indispensáveis 'armas' e outros equipamentos. Mas é assim que os bombeiros se sentem e que a LBP não deixará de denunciar e exigir”, alerta.