Esta preocupação foi transmitida ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo presidente da LBP, Jaime Marta Soares, que hoje à tarde foi recebido no Palácio de Belém.
“O Ministério da saúde quando fizer uma reforma para o setor não a pode fazer sem falar com os médicos, é a mesma coisa fazer uma reforma na proteção civil sem falar com os bombeiros. Esta é uma das nossas preocupações que nos leva a questionar o que é que querem dos bombeiros portugueses”, disse Jaime Marta Soares à agência Lusa após o encontro.
O presidente da LBP adiantou que esta reforma do sistema de proteção civil tem que envolver todos os parceiros, nomeadamente os bombeiros que “são o principal ator na área da proteção”.
Jaime Marta Soares considerou “inaceitável” que se esteja a fazer “uma reforma sem ouvir os bombeiros”, sublinhando que a LBP tem conhecimento acumulado e sempre esteve “aberta ao diálogo”.
O mesmo responsável recordou que a LBP sempre chamou a atenção para a falta de planeamento na floresta e sempre reclamou mais profissionalismo para os bombeiros voluntários, mas a resposta era que “não havia dinheiro”.
Jaime Marta Soares considerou também que as medidas anunciadas pelo Governo, após o Conselho de Ministros de sábado, são “precipitadas”, criticando que apenas tenham por base o relatório da Comissão Técnica Independente.
O presidente da LBP lamentou ainda que o presidente da Estrutura de Missão para a instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, na sua tomada de posse, tenha ignorado os bombeiros.
“O senhor engenheiro Tiago Oliveira iniciou muito mal o seu trabalho. Quando faz uma intervenção fala no ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e Florestas], GNR e ANPC [Autoridade Nacional de Proteção Civil] e não fala dos bombeiros”, disse.
Jaime Marta Soares concluiu que os bombeiros voluntários vao continuar a desempenhar o seu papel e são eles que “vão continuar a resolver os problemas destes falhanços todos”.
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