Milhares de voluntários participam a partir de hoje no peditório da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), que pretende recuperar da quebra na verba angariada no ano passado, quando a instituição gastou mais de 1,3 milhões de euros em despesas sociais.
Não recebendo subsídios estatais para o desenvolvimento dessas atividades, a liga recrutou voluntários para este peditório, através de uma campanha com o mote “Jogue em equipa com o melhor do mundo”, em que o embaixador da iniciativa é mais uma vez o internacional português Cristiano Ronaldo.
Cristiano Ronaldo apadrinha novamente a campanha para o peditório e o mote da iniciativa, que este ano incentiva a população a juntar-se à luta contra o cancro, é “O melhor do mundo é ajudar”.
Em declarações à Lusa, o presidente da Liga Portuguesa Contra o cancro (LPCC), Vitor Rodrigues mostrou-se preocupado com o mau tempo previsto parta o fim de semana, dizendo que alguns voluntários estão a desistir de participar no peditório nacional.
“Estamos muito preocupados com esta situação”, disse o responsável, explicando que, no ano passado, tanto o número de voluntários como a verba angariada caiu para metade, passando de 1,5 milhões para cerca de 890 mil euros, num ano em que só em despesas sociais (medicamentos, transportes e outras despesas básicas dos doentes) a instituição gastou 1,3 milhões de euros.
“É um valor muito grande para um país europeu”, considerou, lembrando que são cada vez mais as pessoas que precisam de ajuda e que a instituição, à semelhança do ano passado, terá de encontrar outras formas de angariação.
O peditório nacional da LPCC arranca sexta-feira e prolonga-se até segunda-feira.
A ação decorrerá em superfícies comerciais, igrejas, cemitérios, alguns estádios de futebol e principais ruas de diferentes cidades, sob a orientação dos respetivos Núcleos Regionais da LPCC - Norte, Centro, Sul, Açores e Madeira.
Além desta ação, continuará a ser possível fazer uma doação online.
O cancro é a segunda causa de morte mais frequente em Portugal, com 50 mil novos casos em 2018, refere a organização não-governamental, sublinhando que o cancro colorretal, da mama e da próstata são os mais prevalentes em Portugal.
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