Chama-se Lindsey Graham e, ontem, na Conferência sobre Segurança de Munique disse que está na altura de impor sanções à Rússia pelos cibertaques nas eleições presidenciais. O senador republicano usou mesmo a expressão "kicking Russia in the ass" (à letra dar um pontapé no rabo à Rússia) para enfatizar a sua ideia que em 2017 o congresso tem de agir.

Depois de lembrar que uma nova proposta de lei está a ser preparada no seu país para impor sanções a Moscovo, Lindsey Graham considerou que Trump tinha se mostrado pouco firme com a Rússia depois do suposto ciberataque ao Partido Democrata e à sua candidata Hillary Clinton durante a campanha presidencial de 2016.

"O meu objetivo é colocar (essa proposta de lei) no gabinete de Trump e espero que ele concorde com esta ideia. Como líder do mundo livre, deve trabalhar conosco para punir a Rússia", acrescentou.

"A minha maior preocupação com o presidente Trump (...) é que ele nunca olhou diretamente para uma câmara e disse 'embora o Partido Democrata tenha sofrido a interferência russa, agora sou o líder do mundo livre e vocês vão pagar'", insistiu.

As sanções estariam, sobretudo, destinadas aos responsáveis pelos ciberataques que abalaram a campanha de Hillary.

Em dezembro, Lindsey Graham tinha afirmado a sua convicção de que a sua própria conta de email de campanha tinha sido pirateada pelos russos e que era necessário parar essas ações.

Segundo Washington, o objetivo do poder russo era desestabilizar a democrata em benefício de Trump. Barack Obama tinha anunciado novas sanções contra Moscovo em dezembro, após este escândalo.

Também hoje, o chefe da diplomacia francesa, Jean-Marc Ayrault, denunciou alegadas interferências da Rússia nas eleições francesas: "só é preciso ver para que candidatos, Marine Le Pen (ultradireita) ou François Fillon (direita), a Rússia manifesta as suas preferências na campanha eleitoral francesa; enquanto Emmanuel Macron (centro-esquerda), que tem um discurso muito europeu, sofre ciberataques. Esta forma de ingerência na vida democrática francesa é inaceitável e eu denuncio-a".

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