Por proposta do PEV - Partido Ecologista Os Verdes, os deputados municipais decidiram que o executivo municipal deve apostar na convivência de animais de companhia e idosos no combate à solidão e reforçar as condições de funcionamento da Casa dos Animais de Lisboa, “com os meios e recursos adequados, bem como na melhoria da disponibilização de informação tendente à interação animal / ser humano”.

Com os votos contra de CDS e PPM, a abstenção de MPT e deputada não inscrita Margarida Penedo (que se desfiliou do CDS) e os votos a favor dos restantes, a assembleia propôs à câmara que “estabeleça eventuais acordos de cooperação com escolas de cães-guia que permitam vir a proporcionar apoios a cegos e amblíopes”.

Por unanimidade, foi aprovada a recomendação para promover medidas que viabilizem uma adoção consciente, nomeadamente por parte de idosos ou pessoas por algum motivo isoladas, como apoio ao combate à solidão.

Também por iniciativa do PEV, a propósito do Dia Internacional de Sensibilização sobre a Prevenção da Violência Contra as Pessoas Idosas, a assembleia defendeu, por unanimidade, o reconhecimento dos contributos da pessoa idosa para o desenvolvimento e consolidação das relações etárias em sociedade e a contínua preservação do conhecimento.

Com o voto contra de PSD, os deputados decidiram ainda recomendar à câmara, sob liderança de PSD/CDS, o estabelecimento de parcerias para desenvolver medidas efetivas de combate ao isolamento e à violência sobre este grupo etário; a salvaguarda do bem-estar e as condições de vida dos seniores, incluindo as dimensões económicas, sociais e culturais, integrando-as no projeto de Regulamento do Conselho Municipal para a Pessoa Idosa; e a implementação de programas de intervenção e adaptação das habitações, de acordo com as necessidades dos seniores, promovendo a manutenção das pessoas no seu domicílio, como previsto no Plano de Ação da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza para 2022-2025.

Entre as propostas discutidas na reunião, o PSD apresentou um voto de saudação à eleição de António Costa (PS) para a presidência do Conselho Europeu, documento que foi viabilizado com os votos contra de PCP, deputada não inscrita Margarida Penedo, PPM, Aliança e Chega, a abstenção de BE, Livre, PEV, IL e MPT, e os votos a favor de dois deputados independentes dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), PS, PSD, PAN e CDS.

Do conjunto de recomendações dirigidas ao executivo municipal, a Iniciativa Liberal (IL) sugeriu a sensibilização das escolas do município a experimentar o dia de aulas ao ar livre, no teatro ou no museu, e que as diversas entidades culturais da cidade possam criar hábitos de cultura nos mais jovens, inclusive com exposições itinerantes, tendo a proposta sido aprovada com a abstenção de deputada não inscrita Margarida Penedo, MPT e Chega.

Foram ainda viabilizadas propostas conjuntas do PAN e do Livre pela proteção dos espaços verdes e das aves da cidade e pela manutenção da estrutura ecológica do Jardim do Campo Mártires da Pátria, nomeadamente que se “assegure a existência de uma fauna especial que justifica a alimentação adequada bem como o fornecimento da água necessária aos seus animais”.

A assembleia viabilizou ainda recomendações do PAN pelo melhoramento das condições físicas e humanas do LxCRAS, que é o centro de Recuperação de Animais Silvestres de Lisboa; do Livre para que a cidade se associe à declaração da Organização das Nações Unidas de 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas celebrado através do tema “As cooperativas constroem um mundo melhor”; do Chega por uma solução para a atribuição de um espaço para a companhia Artistas Unidos; do PS pela efetiva concretização do projeto do Hub Criativo do Beato; e do PCP pelo fornecimento de energia elétrica e limitações de atracagem aos navios de cruzeiro no Terminal de Cruzeiros de Lisboa.