Perto das 10:00, com uma ‘caixa de segurança’, a polícia obrigou os participantes que se juntaram na rotunda a ir para o passeio lateral da Avenida da Liberdade, perante alguns gritos de protesto, mas sem registo de incidentes.
O grupo sentou-se então no chão, enquanto da coluna de som se ouviu o hino francês.
Cerca das 10:30, quando o cordão policial foi furado, viveram-se novos momentos de tensão.
Os manifestantes pretendem iniciar a partir daquela zona uma marcha em direção à Assembleia da República.
Entretanto, o trânsito no anel interior da rotunda do Marquês foi reaberto temporariamente, mas voltou a ser fechado.
Concentrado no início da Avenida da Liberdade desde as 10:00, o grupo já se fragmentou, com algumas pessoas a desistirem e a abandonarem a caixa de segurança.
Um porta-voz do grupo apelou a que o caminho para o parlamento seja feito de forma ordeira, referindo que estão "contra a política e não contra os polícias".
"Vamos para a ‘casa mãe’, não faz sentido estar aqui à espera. Quem se quiser juntar sem stress, juntam-se depois", disse.
O “colete amarelo” saudou ainda o ministro da Administração Interna por ter colocado na rua mais polícias do que os manifestantes presentes.
O número de polícias é bastante superior ao dos manifestantes, estando os agentes localizados em todos os pontos da rotunda do Marquês de Pombal, constatou a Lusa no local.
É visível também um grupo de cerca de 30 elementos do Corpo de Intervenção.
As viaturas da polícia seguem no final do cordão.
Os protestos dos “coletes amarelos” em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.
Um dos grupos, Movimento Coletes Amarelos Portugal, num manifesto divulgado na quarta-feira, propõe uma redução de impostos na eletricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.
Não tolerando qualquer ato de violência ou vandalismo, este movimento, que se intitula como “pacífico e apartidário”, defende também o combate contra a corrupção.
A lista das manifestações dos “coletes amarelos” na área de atuação da PSP somava 25 protestos em 17 locais das principais cidades do país.
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