A ambulância “consegue transportar quatro animais em simultâneo”, sejam eles de maior porte ou felinos, disse a diretora clínica da Casa dos Animais de Lisboa (CAL), Marta Frade.

Conta com uma marquesa, uma ligação de oxigénio e equipamentos de suporte básico de vida, que permitem ao animal regressar à CAL para continuação da intervenção médico-veterinária.

De acordo com Marta Frade, apesar de já existirem três viaturas de transporte animal, a ambulância de socorro vai ser "dedicada aos animais acidentados e doentes que necessitam de suporte básico de vida e cuidados especiais".

“Desta forma conseguimos, sobretudo, prestar melhores cuidados”, reforçou a responsável clínica, mencionando que a CAL é semanalmente confrontada com situações de risco na cidade.

O vereador da Proteção Civil, Carlos Manuel Castro, defendeu que a questão do bem-estar animal deve ser cada vez mais uma preocupação das pessoas e, nesse sentido, sublinhou que existe uma maior responsabilidade para responder às necessidades existentes.

“Muitos destes projetos dependem muito do empenho dos cidadãos que estão interessados em promover cada vez mais o bem-estar animal”, disse o vereador.

O autarca destacou ainda a importância que os animais têm para a população mais envelhecida.

“Muitas destas pessoas, pelo simples facto de terem animais, adquirem hábitos e rotinas diárias muito importantes”, explicou.

“Uma cidade que vai fazer isto é certamente uma cidade que está a subir no seu patamar do seu sentido cívico no respeito pelos animais e pela sua dignidade, e pela dignidade das pessoas que têm estes animais”, disse o presidente da câmara, Fernando Medina, considerando que a ambulância de socorro vai dar resposta a um nível superior aos anteriormente existentes na cidade.

Quanto ao período de início de circulação da ambulância, Marta Frade revelou que é incerto, mas pretende-se que o veículo circule "o quanto antes".