“Deliberámos em três pilares essenciais, a começar pelo nome para este movimento que se vai designar Primavera Europeia, um nome belíssimo porque representa um espírito de renovação e esperança para o projeto europeu”, referiu o dirigente do partido Livre, no final da reunião do segundo encontro de fundadores do Conselho para a lista transnacional às eleições europeias de maio de 2019.

O dirigente do Livre desfilou quarta-feira na Avenida de Liberdade, durante as celebrações do 44.º aniversário do 25 de Abril, acompanhado por dirigentes de outras formações europeias, onde se destacavam o ex-ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis, que fundou o partido MeRA 25, e Benoît Hamon, ex-candidato presidencial pelo Partido Socialista francês às presidenciais de 2017 e que depois fundou o partido Génération-s.

A lista Primavera Europeia é um movimento que implica “participação, cidadania, ativismo e transparência e mobilização”, e que vai organizar “primárias abertas” para escolher o candidato à presidência da Comissão Europeia, impor uma “democracia deliberativa para contribuir para o programa”, e um “código de conduta” que se aplica a quem participa nesta organização, assinalou Rui Tavares.

“Queremos uma organização transparente, uma organização que respeita as pessoas que trabalharem connosco, uma organização inclusiva que lutará por ter representatividade e diversidade nas suas candidaturas, com a presença sempre que possível de refugiados, imigrantes, recém-chegados ao território da União Europeia. Foi o segundo pilar hoje decidido, o código de conduta”.

O terceiro pilar deste projeto político, que terá a designação de “Programa de Lisboa”, e que ainda não foi concluído, abrangerá diversos vetores, da ecologia à economia, e da democracia ao Estado de direito ou questões migratórias.

“O Programa de Lisboa será enviado a todos os cidadãos que depois quiserem participar com contributos, com emendas, durante o mês de maio, para que depois o programa seja votado não apenas por partidos, mas finalmente por todos os cidadãos que queiram participar no movimento Primavera Europeia”, explicitou Rui Tavares.

Um movimento “aberto a quem queira participar individualmente, a assocializações e movimentos cívicos, a partidos nacionais e até a partidos pan-europeus. Um movimento em construção onde as portas estão sempre abertas a novos contributos e à mobilização de todos os europeus que o quiserem”, concretizou.