“Daqui dizemos todos, ao Governo que sabemos que está pré-demitido, que vai entrar em funções de gestão daqui a poucos dias, que será uma vergonha, que será um escândalo, se esse decreto-lei não sair da redação final, não aterrar numa mesa do Palácio de Belém e não for promulgado pelo Presidente da República, porque não podemos falhar a quem quer quebrar um ciclo de violência e precisa de ter autonomia e independência financeira para o fazer”, defendeu Rui Tavares, no 10.º aniversário do partido, em Lisboa.

A medida teve ‘luz verde’ no Orçamento do Estado para 2022 – no qual o Livre se absteve – e foi aprovada em Conselho de Ministros no passado dia 19 de outubro.

Numa sala em ambiente de festa e pré-campanha eleitoral, Rui Tavares assumiu que o país vive “momento em que há muita incerteza e receio” e estabeleceu como objetivo para as legislativas antecipadas de 10 de março “ajudar a esquerda a crescer”.

Se é vítima de violência doméstica ou conhece alguém que seja, as seguintes linhas de apoio podem ajudar

APAV | Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

tel. 116 006 (telefonema gratuito, das 08h00 às 2h00)

Guarda Nacional Republicana (GNR)

A Plataforma SMS Segurança foi desenvolvida para dar resposta quer a pessoas surdas ou portadoras de deficiência auditiva como para situações de urgência em que o tradicional canal de voz não seja o mais adequado:  tel. 961 010 200

Centro de Saúde ou Hospital da zona de Residência (Portal da Saúde)

SNS 24 (808 24 24 24), disponível todos os dias, 24 horas por dia

Número Nacional de Socorro (112)

Linha Nacional de Emergência Social (tel. 144, disponível todos os dias, 24 horas por dia)

Linha da Segurança Social (tel. 300 502 502)

O deputado único alertou a maioria parlamentar socialista de que “ainda pode aprovar” várias propostas do Livre até à dissolução da Assembleia da República, como, por exemplo, a criação de uma agência pública de hidrogénio, considerando que “a transição energética não se pode fazer apenas de leilões com privados” e tem que “ser transparente”.

“Podem ter a certeza que se o Livre conseguir os seus objetivos para estas eleições, que é crescer, ajudar a esquerda a ganhar, que é pôr de lado os governos dos extremistas que colocariam em risco o Estado de Direito e os direitos fundamentais no nosso país, a Hidrogénio de Portugal [agência pública] vai estar em cima da mesa. Mas vai estar em cima da mesa também o reconhecimento da independência da Palestina”, afirmou.

Rui Tavares afirmou ainda que o partido não vai “combater o medo da extrema-direita com uma versão de medo da esquerda”.

“O que vamos apresentar é uma ideia de um país desejável e vamos dar exemplos, objetos de desejos político, daquilo que são passos concretos a fazer agora, para conquistarmos esse país desejado”, disse.