No livro, Bento XVI defende que o celibato dos padres “tem um grande significado” e é “indispensável para que o caminho” dos sacerdotes “na direção de Deus permaneça o fundamento” da sua vida.
Esta defesa pública do celibato sacerdotal causou polémica, pois surgiu numa altura em que é esperada a posição final do Papa Francisco sobre as conclusões do Sínodo dos Bispos para a Amazónia, no qual foi defendida a abertura para a ordenação de homens casados naquela região do mundo, a fim de ultrapassar as dificuldades causadas pela falta de padres.
A polémica atingiu tão grandes dimensões após a publicação de excertos do livro pelo jornal francês Le Figaro, que levou o próprio Bento XVI a pedir a retirada do seu nome da autoria da obra, alegadamente por não ter dado autorização para a utilização do seu texto num livro, o que o Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos contestou. A retirada da assinatura conjunta já não foi possível na edição francesa, e na portuguesa aparecerá como autor Robert Sarah “com o contributo de Bento XVI”.
Segundo a editora portuguesa “tem sido grande o interesse manifestado junto da Lucerna por esta obra sobre o tema do celibato dos padres na Igreja Católica”.
A edição portuguesa tem 96 páginas e um preço de venda de 10 euros.
“A noite vai caindo e o dia já está no ocaso” (2019), “A força do silêncio” ( 2017)”, “Deus ou nada” (2016), são outras obras de Robert Sarah editadas pela Lucerna. Quanto a livros escritos por Joseph Ratzinger/Bento XVI, foram já 24 os publicados por esta editora portuguesa.
Comentários